terça-feira, 5 de maio de 2009

O dia em St. Adrião

Trabalhos do dia da Mãe



A quarta-feira passada foi dia de visita ao CAT. Como a visita já havia sido previamente marcada, tivemos a possibilidade de passar lá o dia.
De manhã estivemos com as crianças no CATL (Centro Acolhimento de Tempos-livres). A nossa visita foi, desta vez, muito pouco interventiva... As crianças estavam a fazer os trabalhos para o dia da mãe (aqueles que podem ver na fotografia) com uma estagiária, e por isso decidimos não incomodar e optar por apenas observar o que se passava.

Lá estavam cerca de 5 crianças, a estagiária de Animação sócio-cultural, duas estagiárias de Psicologia, nós e havia ainda "espaço" para uma reunião que decorria num cantinho da sala, reunião esta entre os responsáveis do CAT e do CATL. Planeamento de actividades talvez, não quisemos "meter o nariz".... Os trabalhos ficaram muito giros! Só tivemos a oportunidade de ver apenas o resultado final, uma vez que a maioria deles já haviam sido feitos quando chegamos.
A nossa presença não era praticamente notada, a intenção era mesmo essa. Evitamos os comentários (mesmo uma com a outra) e limitamo-nos a observar e a tirar notas.

Foi uma manhã normal, marcada apenas por um pequenos percalço que ia atrapalhando o trabalho das estagiárias, que a todo o esforço tentavam falar, isoladamente, com dois irmãos que lá se encontravam. O problema e que um deles decidiu fazer birra e não largava a irmã. Coisas de criança! Houve apenas um pormenor que nos despertou a atenção. A ameaça de que chamariam a mãe dos pequenos era frequente. A nossa curiosidade estava aguçada, queríamos perceber o porquê desta ameaça, mas claro que nem tocamos no assunto, era o trabalho delas, não iríamos interferir... Apraz-nos, apenas, dizer uma coisa, e fá-lo-emos porque este espaço nos permite fazê-lo, a forma como as estagiárias lidaram com a situação não nos pareceu, de longe, a melhor.

Falamos não enquanto profissionais do ramo - porque nem competência para tal temos-, mas sim com pessoas. Desde a atitude, passando pelo tom de voz e até as expressões faciais, tudo isto nos pareceu desadequado. Confessamos que a nossa vontade era mesmo intervir, uma vez que o nosso intuito de que conseguiríamos resolver tal situação era muito forte. Não o fizemos, mas não deixamos de lamentar o incidente e de reparar na falta de paciência e compreensão das ditas profissionais. Lá teriam as suas razões, preferimos acreditar que sim...
Os ânimos acalmaram, a hora de almoçar estava a aproximar-se, era a altura de irmos embora. Despedimo-nos das crianças e lá fomos tratar, igualmente, dos nossos estômagos para, de tarde, voltarmos à carga.

Eram cerca das 14:30h quando chegamos ao CAT. Fomos recebidas e, rapidamente, apressamos a montar todo o material. Era altura de recolher depoimentos do pessoal interno do CAT. Falamos com a Dra. Teresa Antunes (Coordenadora do CAT) e com o Dr. Ademar Correia (Psicólogo do CAT). A ambos fizemos as mesmas perguntas e pedimos que as respostas fossem dadas tanto enquanto profissionais, como enquanto pessoas. A ideia era perceber como se faz o balanceamento das questões, se existia algum tipo de dicotomia na profissão que exercem. Tentamos que a conversa não fosse demasiado formal, achamos que o resultado foi bom, melhor que isso, foi rico.
A visita da tarde foi breve, uma hora bastou para realizar o que queríamos.
Já falta pouco...:)