A degradação do conceito de família é uma das maiores causas de instabilidade social. Vários são os motivos: divórcios, dificuldades económicas, problemas de alcoolismo e droga, entre outras questões que envolvem ambientes familiares numa teia de onde não se consegue sair. D. Antonino Dias, em declarações no site da comissão Episcopal do Laicado e Família, afirma que «Se não se apostar na família, se não se cuidar verdadeiramente da família, da sua estabilidade e dos seus valores, jamais serão resolvidos os problemas que atormentam a nossa sociedade e as próprias famílias. Se não se atacarem as causas, iremos passar a vida a remediar os efeitos com aspirinas que só causarão insónias e mais dores de cabeça». Acrescentando ainda que: «A família é, foi e será o núcleo fundamental da sociedade. É a família que tem papel determinante na transmissão de valores, na recepção gradual de regras de comportamento e de respeito mútuo. Há vozes que se levantam, e bem, contra a precariedade e a instabilidade do emprego, contra a falta de condições existenciais na diversidade das suas dimensões e que também perturbam a família”. No entanto, há que ter em conta que nesta problemática as crianças são o ser mais frágil, sendo elas quem mais sofre. Devido a estas dificuldades no seio familiar a criança muitas vezes é colocada numa situação de risco, e o risco pode ser evidenciado de várias formas, como por exemplo na saúde, educação e na alimentação. O risco condiciona o desenvolvimento integral da criança e dificulta a sua inserção na sociedade de forma integrada e saudável. O risco pode também estar associado a itinerários de vida que não permitem a criança adquirir um desenvolvimento psicológico, uma aprendizagem de comportamentos e uma aquisição de competências, como também à ausência de experiências positivas, ou até mesmo à percepção negativa que a criança tem de si. Pode assim definir-se por crianças de risco: • Crianças vítimas de maus-tratos • Crianças em absentismo / insucesso escolar • Crianças pertencentes a minorias étnicas • Crianças de meios desfavorecidos • Crianças integradas em famílias disfuncionais No surgimento destas situações há um tipo de crianças que terá um principal interesse e destaque por nossa parte: as crianças de rua, conceito que queremos desde já esclarecer. Crianças de rua é o termo usado para nos referirmos a crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade pessoal e/ou social e que, nessas condições, estão expostos a diversos riscos como: violência (física e sexual), uso de drogas (lícitas e ilícitas), exploração como mão-de-obra infanto-juvenil, má nutrição e diversas doenças. Essas crianças podem ou não ainda manter vínculos com suas famílias e, dada a fragilidade dos mesmos, vivem a maior parte de seu tempo na rua, tornando mais frágeis seus vínculos simbólicos e afectivos (definição retirada da wikipédia).
quarta-feira, 18 de março de 2009
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